Agradecimento

A gratidão da vida! Completei no dia de hoje mais um ano de vida. Momento de agradecer a Deus as muitas graças que Ele me concedeu e, de maneira humilde e penitente, pedir perdão pelas pessoas que ofendi ou pelos erros que cometi.
Meu coração está cheio de gratidão pela vida que o bom Deus me deu. Há muitas provações e tempos difíceis, mas Ele sempre me guiou e me ajudou nessas situações, de modo que eu pudesse continuar o meu caminho e estou profundamente agradecido, particularmente pelos meus pais que me deram o maior tesouro que é ter nascido católico, ter sido batizado na Santa Igreja.

Graças aos meus queridos pais renasci também pela água e pelo Espírito, como acabámos de ouvir do Evangelho. Em primeiro lugar, há o dom da vida que os meus pais me ofereceram em tempos muito difíceis, e que lhes devo agradecer. Mas não é uma certeza dizer que a vida do homem em si seja um dom. Pode deveras ser um bonito dom? Sabemos o que está sobranceiro sobre o homem nos tempos obscuros que vemos diante de nós — ou nos mais luminosos que possam vir? Sabemos prever a quais aflições, ou eventos terríveis poderá estar exposto? É justo oferecer a vida assim, simplesmente? É responsável ou demasiado imprevisível?

A vida é um dom problemático, se não for cultivado. A vida biológica por si mesma é um dom, embora cercada por uma grande dúvida. Ela torna-se um dom verdadeiro se juntamente com ela se puder doar também uma promessa que é mais forte do que qualquer desventura que nos possa ameaçar, se ela for imersa numa força que garante que é bom ser um homem, que por este homem tudo o que o futuro trouxer é um bem.

Assim, ao nascimento se associa ao renascimento, a certeza de que na verdade é bom existir, porque a promessa é mais forte do que as ameaças. Este é o sentido do renascimento pela água e pelo Espírito: ser imersos na promessa que só Deus pode fazer: é bom que tu existas, e podes ter certeza, aconteça o que acontecer. Desta promessa eu vivi, renascido pela água e pelo Espírito. Nicodemos pergunta ao Senhor: “Porventura pode um velho renascer?”. Pois bem, o renascimento é-nos doado no batismo, mas nós devemos continuar a crescer nele, devemos continuar a fazer-nos imergir por Deus na sua promessa, a fim de que verdadeiramente possamos renascer na grande, nova família de Deus que é mais forte do que todas as debilidades e de todas as forças negativas que nos ameaçam.

A antecipação da ressurreição no meio da história que evolui é a força que nos indica o caminho e nos ajuda a ir em frente.

Demos graças ao bom Deus porque nos doou esta luz e peçamos a fim de que ela possa permanecer para sempre. E eu devo agradecer a Ele e a quantos me fizeram sentir sempre de novo a presença do Senhor, que me acompanharam para que não perdesse a luz.

Na esperança da ressurreição final – da alegria pascal – espero poder no céu encontrar com os meus avós queridos e com a minha irmã Wanessa. Desejar o céu é a certeza de que caminhamos neste mundo com os olhos fixos no Eterno de Deus!

A todos os que me cumprimentaram nesta data asseguro-lhes a bênção de Deus. Levem a minha saudação à casa, a minha gratidão e com muito prazer, em meu coração, continuarei sempre rezando nas suas intenções e de sua família.
Santo e abençoado tempo pascal!

Padre Wagner Augusto Portugal

Você também pode gostar