29º DOMINGO DO TEMPO COMUM – A

“Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me.” (Sl 16,6.8)

Irmãos e irmãs,

Jesus, ao fim de sua pregação, entrou abertamente em conflito com as autoridades do povo judeu. Em vista disso, quiseram armar para Jesus uma cilada, para que as autoridades o pegassem em alguma palavra que pudesse ser o motivo de sua condenação, ou seja, que fosse contra os princípios judaicos.

Esse trecho do Evangelho de hoje (Mt 22,15-21) é bem conhecido de todos: O que é de César e o que é de Deus. Inúmeras vezes, durante toda a caminhada pública de Jesus, o Salvador enfrentou os chefes do povo e aqueles que se colocavam contra a sua Pessoa, o seu Reino e a sua Missão. Tudo isso porque Jesus veio pregar a libertação, denunciar o sistema religioso de então, maculado pelos interesses mesquinhos, cheio do rigorismo de prescrições rituais que mais amarravam, do que proporcionavam a salvação.

Mateus, portanto, nos ensina neste domingo de quais virtudes os cristãos devem se lembrar na sua caminhada: a sinceridade, a honestidade, a abertura do coração, o espírito do acolhimento, a prática de boas obras, a coerência entre o dizer e o fazer, entre outras diretivas para o bem viver de uma vida voltada para as coisas do Senhor da Vida.

Os fariseus não tinham coragem de enfrentar Jesus, por isso eles mudaram de tática, tentando provocar Jesus a cair em tentação.

Meus irmãos,

Jesus nos pede hoje que tenhamos atenção em dois pecados muito recorrentes e comuns nos dias de hoje: a exploração e a falsidade.

O contexto atual é igual ao de dois mil anos atrás. A Palestina era colônia romana, totalmente dependente do poder central. Na colônia, todos deveriam pagar tributos exorbitantes, ou seja, impostos ao Imperador Romano, que era conhecido pelo nome de César –  César Augusto.

O tributo era pago com uma moeda de prata, chamada denário, que tinha impressa a figura do Imperador. Além de não poder citar o nome de César Augusto, porque “augusto” era um adjetivo reservado somente para Deus e proclamá-lo em vão era uma blasfêmia, os judeus queriam que Jesus entrasse em contradição, até porque eles se sentiam profundamente humilhados no pagamento do imposto, que era exorbitante e pesado.

Mais do que isso, um judeu pagar imposto para um rei que não fosse hebreu, era um absurdo, porque teria que reconhecer nele o representante de Deus, o que contradizia as leis, os profetas, costumes e dignidade de raça. Manusear essa moeda para eles também era um sacrifício, uma idolatria, porque no denário estava inscrito “divino” Augusto. Tudo em volta do tributo era repugnante, porque ia contra os sentimentos de dignidade, sobretudo dos fariseus, que eram muito xenófobos e nacionalistas.

Respondendo que os judeus deveriam pagar o tributo poderiam acusá-lo de estar a serviço dos estrangeiros, de ser explorador do povo, de trair sua raça, podendo ser apedrejado por isso. Se respondesse não, seria acusado de subversão e de sonegação, podendo ser levado ao procurador romano para ser condenado. Enfim, tudo foi colocado para que Jesus, respondendo afirmativa ou negativamente, fosse sumariamente condenado e eliminado, porque incomodava ao poder religioso de então, que era medíocre e sem compromisso com a edificação do Reino de Deus.

Meus irmãos e irmãs,

O homem é, ao mesmo tempo, corpo e espírito, terra e céu.

A religião não abrange somente a alma. Ela envolve o homem inteiro, seu ser e seu fazer, seu presente e seu futuro. A lição do Evangelho é que todas as dimensões: religiosa, social, política e econômica se complementam, se necessitam e devem ser igualmente respeitadas, acontecendo – ao mesmo tempo e com a mesma meta – a felicidade escatológica.

A pessoa humana é o todo. “Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”(Mt 22,21) significa não negligenciar nem a dimensão para o alto, nem a dimensão social em suas diversas manifestações. Quando dizemos “dar a César o que é de César” nunca podemos deixar Deus de lado. Também nossos compromissos com o país, com a economia, com a política, com a cultura, com o trabalho e com o progresso devem sempre respeitar os mandamentos de Deus que ilumina todos os setores da vida do homem. Em tudo, mas em tudo mesmo, Deus deve estar presente em primeira mão. Tudo isso porque Ele nos criou à sua imagem e semelhança. Em vista disso, todos nós trazemos a marca de Deus.

Para o cristão, Deus é a referência fundamental e está sempre em primeiro lugar; mas isso não significa que o cristão viva à margem do mundo e se demita das suas responsabilidades na construção do mundo. O cristão deve ser um cidadão exemplar, que cumpre as suas responsabilidades e que colabora ativamente na construção da sociedade humana. Ele respeita as leis e cumpre pontualmente as suas obrigações tributárias, com coerência e lealdade. Não foge aos impostos, não aceita esquemas de corrupção, não infringe as regras legalmente definidas. Vive de olhos postos em Deus; mas não se escusa a lutar por um mundo melhor e por uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Amados irmãos,

Na primeira leitura(Is 45,1.4-6) o que é que, em concreto, Deus pede a Ciro? Qual a missão que Ele lhe confia? Ciro foi designado por Deus para “subjugar as nações”, “fazer cair as armas das cinturas dos reis”, “abrir as portas à sua frente sem que nenhuma lhe seja fechada”. As expressões utilizadas pelo Deutero-Isaías situam a missão confiada por Deus a Ciro no âmbito político-militar.

No entanto, o que é aqui preponderante é que essa missão deve concretizar-se em benefício do Povo de Deus: se Deus chamou Ciro “pelo nome”, lhe deu “um título glorioso” e lhe confiou o poder sobre as nações foi, nas palavras de Deus, “por causa de Jacó, meu servo, e de Israel, meu eleito…”.

Ciro aparece, claramente, como o instrumento através do qual Deus atua no mundo e na história e realiza os seus projetos de salvação e de libertação do seu Povo. É através dos homens que Deus intervém no mundo. De resto, o Deutero-Isaías deixa claro que só Deus é o Senhor da história e que, fora d’Ele, não há Deus.

É verdade que Ciro ainda não conhece Deus; mas, sem o saber, ele está a realizar o projeto do Senhor. Portanto, é a Deus e não a Marduk que os exilados devem agradecer a sua libertação. Embora servindo-se de um rei estrangeiro, Deus vai mostrar a Judá que é, definitivamente, esse Deus salvador e libertador, em quem o Povo pode sempre confiar. Também nós – como os exilados de Judá – ficamos, tantas vezes, perplexos e inquietos diante dos acontecimentos do nosso tempo.

Não percebemos o significado nem o alcance de certos eventos e não conseguimos saber para onde é que a história nos conduz. Sentimo-nos perdidos, assustados, à deriva, como barco sem leme.

E, para além disso, Deus parece manter-se em silêncio, assistindo calmamente e sem mexer um dedo, aos dramas que marcam o ritmo da nossa caminhada. Perguntamo-nos: onde está Deus, quando a história humana parece percorrer caminhos tão ínvios? Ele preocupa-Se, realmente, com os homens? Qual o seu papel na condução dos destinos do mundo?

Porque é que Ele deixa que os homens destruam o planeta, inventem esquemas sofisticados de destruição e de morte, cultivem a exploração e a injustiça, mantenham tantos homens, mulheres e crianças amarrados à miséria e à escravidão? A primeira leitura deste domingo nos garante: Deus nunca abandona os homens. Ele encontra sempre formas de intervir na história e de concretizar os seus projetos de vida, de salvação, de libertação.

Talvez as intervenções de Deus nem sempre sejam ortodoxas à luz da lógica dos homens; talvez nem sempre consigamos perceber o verdadeiro alcance dos projetos de Deus; mas Deus lá está, como Senhor da história, conduzindo o mundo de acordo com o projeto de vida que Ele tem para os homens e para o mundo. Resta-nos, mesmo quando não percebemos os seus critérios, confiarmos e entregarmo-nos nas suas mãos.

Normalmente, Deus não intervém na história através de manifestações impressionantes, espetaculares, caídas do céu, que se impõem como verdades infalíveis e que deixam os homens espantados. Deus atua no mundo com simplicidade e discrição, através de pessoas – muitas vezes pessoas limitadas, pecadoras, “normais” – a quem Ele chama e a quem Ele confia uma missão. O que é fundamental é que cada homem ou cada mulher que Deus chama esteja disponível para acolher esse chamamento e para aceitar ser instrumento de Deus na construção de um mundo novo.

Ciro, frustrando todas as expectativas do Povo de Deus, é um pagão que “não conhecia” Deus. Apesar disso (de acordo com a catequese do Deutero-Isaías), foi ele quem Deus escolheu como seu instrumento a fim de concretizar os seus projetos em favor do seu Povo. Deus pode servir-Se daquele que é pecador e marginal aos olhos do mundo para oferecer aos homens a vida e a salvação.

O que interessa não são as “qualidades” do intermediário, mas a força de Deus. É necessário ter isto presente. Se conseguimos fazer algo para tornar o mundo um pouco melhor, isso não se deve às nossas brilhantes qualidades, mas a esse Deus que age por nosso intermédio.

A escolha de Ciro significa também a denúncia de uma perspectiva fechada, nacionalista, racista, de Deus e dos seus projetos. Ninguém tem o monopólio de Deus ou da missão. Deus é totalmente livre de chamar quem quiser, quando quiser e como quiser – seja de que raça for, de que extrato social for, ou sejam quais forem os seus antecedentes religiosos. Certos cristãos que se sentem os únicos detentores da autoridade e da missão e que se ficam quase ofendidos quando aparece alguém a fazer algo de diferente na paróquia, deviam ter isto em conta.

Caríssimos,

A segunda leitura (1Tessalonicenses 1,1-5) nos fala da chegada da parusia. O texto nos apresenta um itinerário de vida para esta semana: fé atuante, caridade abundante e esperança perseverante. É uma saudação que deveria se repetir durante toda esta semana, decisiva na vida do povo brasileiro. Principalmente nestes dias em que antecede o referendo o cristão deve anunciar a vida e condenar a morte.  Para o católico, para o cristão, Deus é a referência fundamental e está sempre em primeiro lugar; mas isso não significa que o cristão viva à margem do mundo e se demita das suas responsabilidades na construção do mundo.

O batizado deve ser um cidadão exemplar, que cumpre as suas responsabilidades e que colabora ativamente na construção da sociedade humana. Ele respeita as leis e cumpre pontualmente as suas obrigações tributárias, com coerência e lealdade. Não foge aos impostos, não aceita esquemas de corrupção, não infringe as regras legalmente definidas.

Vive de olhos postos em Deus; mas não se escusa a lutar por um mundo melhor e por uma sociedade mais justa e mais fraterna. Nestes dias de eleições presidenciais como é que eu me situo face ao poder político e às instituições civis: com total indiferença, com sujeição cega, ou com lealdade crítica? Como é que eu contribuo para a construção da sociedade? À luz de que critérios e de que valores julgo os factos, as decisões, as leis políticas e sociais que regem a comunidade humana em que estou inserido? As minhas opções políticas são coerentes com os critérios do Evangelho e com os valores de Jesus?

O verbo principal do nosso texto é o verbo grego “eukharistéô”(“dar graças”); todos os outros verbos que aparecem são secundários. Assim, fica logo claro quais os sentimentos e qual a atitude fundamental de Paulo, Silvano e Timóteo, os remetentes da carta: eles estão profundamente agradecidos e reconhecidos a Deus. Porquê? Porque a ação de Deus se nota claramente na vida diária da comunidade cristã de Tessalônica. Diante da proposta do Evangelho, os tessalonicenses responderam generosamente, com uma fé ativa, uma caridade esforçada e uma esperança firme (vers. 3).

A “fé ativa” traduz a realidade de uma adesão ao Evangelho que não se manifesta só em palavras, mas também em atitudes concretas de conversão e de transformação; a “caridade esforçada” dá conta de um amor que não é teórico mas é efetivo, e que se traduz em gestos de entrega, de partilha, de doação; e a “esperança firme” define essa confiança inabalável dos tessalonicenses em Deus e na vida nova que Ele reserva àqueles que O amam – confiança que, nem a hostilidade do mundo, nem as dificuldades da vida conseguem deitar por terra.

Na verdade, tudo isto resulta do facto de os tessalonicenses terem sido “escolhidos” por Deus (vers. 4). No Antigo Testamento, a “eleição” é um privilégio de Israel, escolhido por Deus de entre os outros povos, não em virtude dos seus méritos particulares, mas como resultado da graça e do amor de Deus; agora, são as comunidades cristãs de origem pagã que são objeto do mesmo privilégio, que tem a sua fonte no amor gratuito do Deus salvador. O Evangelho que Paulo, Silvano e Timóteo anunciaram aos tessalonicenses não foi um discurso feito de belas palavras, mas inconsequente; foi uma Boa Nova de Deus, poderosa e transformadora, que encontrou eco no coração dos tessalonicenses que, pela ação do Espírito Santo, deu frutos de fé, de amor e de esperança (vers. 5a.b). É por tudo isto que Paulo, Silvano e Timóteo louvam o Senhor.

O importante na liturgia desta semana é a soberania de Deus! Reafirmamos que Jesus não está propondo a divisão do mundo em dois reinos, o de César e o de Deus; o Estado não pode ser considerado uma realidade paralela ao domínio de Deus com atribuições diversas, mas é um componente do único mundo, cuja soberania pertence somente a Deus. Os cristãos devem ser vigilantes para que o bem mais precioso de Deus, o ser humano com sua dignidade, não se torne posse de nenhum sistema, seja religioso, político ou econômico.

Prezados irmãos,

Na inscrição da moeda, usada para pagar tributos ao império, liam-se as seguintes palavras: “Tibério César, Augusto, filho do divino Augusto”. Uma moeda romana em território judaico deixava claro aos herodianos quem detinha o poder. Jesus expõe, com isso, os rasgos no tecido social judaico, dividido pela querela sobre se era ou não lícito pagar impostos a César e ao império. Jesus não diz que sim, mas também não diz que não; somente afirma que, se a moeda pertence a César, então deviam pagar a César o que era dele. E a Deus o que era de Deus. A pergunta subliminar que Jesus impõe aos fariseus e herodianos é se eles pertenciam mais ao império e a César do que a Deus.

A questão apresentada por Jesus leva-nos a perguntar se os fariseus e herodianos estavam a favor de Deus ou do império. Certamente, os fariseus deveriam servir a Lei de Deus, e não o Império Romano; os herodianos, por sua vez, deveriam servir a Herodes e seus propósitos, e não a César. Evidenciando a ruptura política, ideológica e social, Jesus escancara as contradições de uma sociedade a serviço de esquemas políticos e religiosos, e não de Deus. Servir a Deus é fundamental para a concretização de uma sociedade mais justa, fraterna e pacífica, pois ele é amor (1Jo 4,8).

Nesta liturgia, somos convidados a destacar que Deus é sempre o Senhor de nossa vida e seu amor é sem fim para conosco; que, mesmo em meio ao caos do tempo presente, Deus suscita personagens que orientam, espiritual e psicologicamente, a vida do povo, acalentando os corações duvidosos e frágeis. Busque-se evidenciar que nem todo elogio significa verdadeiro sentimento por parte de quem o faz, assim como podemos ver no Evangelho (Mt 22,16), e suscitar na comunidade cristã o compromisso de servir a Deus de todo o coração, não fazendo do dinheiro ou do poder uma forma de desmonte da fé. Devolver a Deus o que é dele corresponde a nos comprometermos com seu Reinado, já presente no meio de nós, mas aguardado em sua consumação definitiva: “Venha o teu Reino” (Mt 6,10).

Caros irmãos,

Ao celebrarmos o Dia Mundial das Missões e da Infância Missionária cujo o tema em 2023 é “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo”, cuja inspiração bíblica é baseada no texto dos discípulos de Emaús. O lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,13-35) foi escolhido pelo Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, que será celebrado em 22 de outubro.

Em 2023 as ações missionárias estão voltadas para a preparação do 5º Congresso Missionário Nacional, que acontecerá em Manaus nos dias 10 a 15 de novembro de 2023, tendo como horizonte o 6º Congresso Missionário Americano (CAM6) que será realizado em Puerto Rico em 2024.

“Corações ardentes, pés a caminho” é o lema da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões. O texto focaliza a atenção sobre o encontro com Jesus Ressuscitado como a motivação central do ser e agir missionários. Os pés dos discípulos – fincados em uma realidade bem determinada – se põe a caminho somente porque antes, os corações se inflamaram no encontro com Jesus que os ouviu, caminhou com eles, explicou-lhes a Escritura e ficou com eles para a partilha do pão. A Campanha Missionária deste ano, põe em evidência que cada Igreja local tem o dever de evangelizar toda pessoa e todos os povos até os confins da terra. Destaca-se que este élan missionário nasce da experiência do amor de Cristo que cativa e impulsiona cada cristã, cada cristão.

A construção da arte da Campanha Missionária de 2023, em sintonia com o 5º Congresso Missionário Nacional, nos lembra o coração que pulsa na realidade local e os pés que nos impulsionam à animação missionária em todo o mundo. O coração traz, de maneira especial, a arte da cultura indígena amazônica, marcado pela cruz que nos identifica. Esse símbolo nos motiva para viver novos caminhos de atuação missionária a partir da experiência evangelizadora da Igreja na Amazônia. O pé apresenta as cinco cores, representando os cinco continentes e o chamado para a missão até os confins do mundo. A arte expressa também o desejo que a rede das 279 igrejas locais deste nosso imenso Brasil, aprofundando a compreensão da responsabilidade missionária e da necessária conversão pastoral, possam assumir, com mais vigor, o chamado e o mandato de Jesus Cristo, nas diferentes atividades da única missão da Igreja que é evangelizar até os confins do mundo.

O mês missionário nos recorda que todos podem colaborar concretamente com o movimento missionário através da oração e da ação, com ofertas de dinheiro e de sofrimento, com o próprio testemunho. Por isso, em todas as Igrejas do mundo no penúltimo domingo de outubro (21 e 22) realiza-se a coleta missionária, destinada integralmente para a missão universal.

Ser discípulo missionário está além de cumprir tarefas ou fazer coisas. O Papa Francisco lembra que “a missão no coração do povo não é uma parte da minha vida, ou ornamento a ser posto de lado. É algo que não posso arrancar do meu coração” (Alegria do Evangelho, 27). Nós cristãos somos convidados a defender e cuidar da vida em todas as suas dimensões. Jesus de Nazaré definiu sua ação no mundo como o Divino Cuidador: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo10,10). Esse também deve ser o compromisso de todos os missionários e missionárias, pois a vida é missão.

O cristão deve dizer sim à vida e não à violência que traz o uso das armas de fogo. Os irmãos e irmãs de caminhada devem ter a fé de Deus, que nos fez à sua imagem e semelhança, para iluminar os rumos do Brasil, com caridade e esperança nestes momentos difíceis. Porque de esperança e esperança, dando a César o que lhe pertence e a Deus tudo o que lhe devemos, vamos construir uma grande Nação, sendo a meta o centro da liturgia de hoje: estarmos, todos, à disposição do supremo Senhor, na construção da globalização da solidariedade.

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