Artigo: Solenidade de Pentecostes

 

Celebraremos no próximo domingo a Solenidade de Pentecostes e com ela iremos terminar o tempo pascal. O Espírito lembra à Igreja que não obstante os seus séculos de história, é sempre uma jovem de vinte anos, a Noiva jovem por quem está perdidamente apaixonado o Senhor.

A rajada de vento que veio do céu com um ruído e que encheu toda a casa em que os discípulos se encontravam: a vinda do Espírito Santo no Pentecostes é a força divina que muda o mundo. Muda os corações quem recebe o Espírito Santo: Aqueles discípulos que antes viviam no medo, fechados em casa, mesmo depois da ressurreição do Mestre, são transformados pelo Espírito e “dão testemunho d’Ele”.

Os Apóstolos de hesitantes, tornam-se corajosos e, partindo de Jerusalém, lançam-se até aos confins do mundo. Medrosos quando Jesus estava entre eles, agora são ousados sem Ele, porque o Espírito mudou os seus corações. A experiência ensina que nenhuma tentativa terrena de mudar as coisas satisfaz plenamente o coração do homem. A mudança do Espírito é diferente: não revoluciona a vida ao nosso redor, mas muda o nosso coração, transformando-o de pecador em perdoado.

O Espírito como um reconstituinte de vida. Quando precisarmos de uma verdadeira mudança, quando as nossas fraquezas nos oprimem, quando avançar é difícil e amar parece impossível, faria bem tomar diariamente este reconstituinte de vida: é Ele, a força de Deus.

Depois dos corações, o Espírito, como o vento, sopra por todo o lado e chega às situações mais imprevistas.

Como na família, quando nasce uma criança, esta complica os horários, faz perder o sono, mas traz uma alegria que renova a vida, impelindo-a para a frente, dilatando-a no amor, do mesmo modo o Espírito traz à Igreja um “sabor de infância”; realiza renascimentos contínuos. Reaviva o amor do começo.

O Espírito lembra à Igreja que, não obstante os seus séculos de história, é sempre uma jovem de vinte anos, a Noiva jovem por quem está perdidamente apaixonado o Senhor.

Nos Atos dos Apóstolos lembramos o episódio em que o diácono Filipe é impelido “por uma estrada deserta, de Jerusalém a Gaza”, eu acrescentaria: como este nome soa doloroso, hoje com tanta violência, com tanta maldade! Que o Espírito mude os corações e as vicissitudes e dê paz à Terra Santa!.

Peço que Espírito Santo, rajada de vento de Deus, sopre sobre nós: “Soprai nos nossos corações e fazei-nos respirar a ternura do Pai. Soprai sobre a Igreja e impeli-a até aos últimos confins; vinde, Espírito Santo, mudai-nos por dentro e renovai a face da terra”.

Você também pode gostar