4º. Domingo do Advento e é tempo de uma boa e completa confissão

Estamos caminhando para o 4º. Domingo do Advento e é tempo de uma boa e completa confissão. Quero compartilhar contigo um itinerário para uma boa e santa confissão.

Eu gostaria de apresentar a interpretação de Santo Agostinho para comentar o Evangelho de João (8, 1-11), da mulher surpreendida em adultério que, segundo a Lei de Moisés, devia ser apedrejada: “ficaram apenas eles dois: a mísera e a misericórdia”. Os que vieram para atirar pedras contra ela ou para acusar Jesus foram embora. E Jesus ficou porque lá estava “o que era precioso aos seus olhos: aquela mulher, aquela pessoa”. “Para Ele, antes do pecado, vem o pecador. No coração de Deus, eu, tu, cada um de nós vem em primeiro lugar; vem antes dos erros, das normas, dos juízos e das nossas quedas. Peçamos a graça de um olhar semelhante ao de Jesus; peçamos para ter o enquadramento cristão da vida: nele, antes do pecado, olhamos com amor o pecador; antes do erro, o transviado; antes do caso, a pessoa.” Santo Agostinho ensinou que: “ficaram apenas eles dois: a mísera e a misericórdia”. Com Jesus, misericórdia de Deus encarnada, chegou o momento de dar uma esperança segura à miséria humana: “dar, não tanto leis externas que muitas vezes deixam Deus e o homem distantes, mas a lei do Espírito, que entra no coração e o liberta”.

O perdão nos proporciona um novo começo, nos torna criaturas novas, nos faz palpar a vida nova. O perdão de Deus não é uma fotocópia que se reproduz idêntica em cada passagem pelo confessionário. Receber o perdão dos pecados, através do sacerdote, é uma experiência sempre nova, original e inimitável.

E você têm medo da Confissão? Vamos superar o medo da Confissão dando ênfase à misericórdia e não às misérias, recordar da ternura, saborear a paz e experimentar a liberdade. Com efeito, isto é o coração da Confissão: não os pecados que dizemos, mas o amor divino que recebemos e do qual sempre precisamos. Entretanto há ainda uma dúvida que nos pode vir: «Não vale a pena se confessar! Volto sempre aos pecados habituais». Mas o Senhor nos conhece, sabe que a luta interior é difícil, que somos fracos e propensos a cair muitas vezes reincidentes na prática do mal. Então, nos propõe começar a ser reincidentes no bem, no pedido de misericórdia. Será Ele a nos erguer, fazendo de nós criaturas novas.

Primeiro somos convidados a fazer um bom exame de consciência: Um bom exame de consciência deve conter os pecados cometidos contra Deus, contra o próximo, contra si mesmo e contra a criação (natureza).  Os Dez mandamentos, os sete pecados capitais ou um roteiro de exame de consciência pode te ajudar nessa reflexão.

Convido você a ler e refletir estes textos bíblicos para ajudar na sua reflexão: Êxodo 20 (Decálogo ou Dez Mandamentos), Mateus 5, 1-12 (Bem-Aventurança) e Mateus 25, 31-46 (Evangelho do Juízo final)

Se você tem dificuldades de lembrar os seus pecados inteiros, por favor, escreva os seus pecados e quando for fazer a sua confissão auricular leia ao sacerdote a relação de seus pecados para uma confissão completa. Em seguida reze o Ato de Contrição: “Meu Deus, eu me arrependo de todo o meu coração de Vos ter ofendido, porque sois bom e amável.  Prometo, com Vossa graça, esforçar-me para não mais pecar. Meu Jesus, misericórdia”. Amém.

Para rezar: Sl 23 – Sl 31 – Sl 50 – Is 41, 10 – Lc 15, 11-32

Terminada a sua confissão você poderá, em ação de graças de abandonar o pecado e vivendo a graça de Deus, reze: “Senhor Jesus, agradeço-vos pela graça da minha confissão e pelo perdão recebido. Muito obrigado, Senhor, pelo ministério da Igreja, que me dá a certeza desse perdão. Estou feliz por ter sido perdoado! Sou feliz, por ser católico! Mãe da misericórdia, eu vos consagro a vida nova que recebi, no Sacramento  da Reconciliação. Sou todo vosso, Maria! Dai-me a vossa bênção materna. Amém.

            Boa confissão para o Natal!

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